Na era da informação a autenticidade se perde entre o mar de informações, origens e fontes.
Registrou sua criação? Pagou para ela te pertencer? Não? Não tens nada...
Pagou? Protegeu sua criação? Sim! Não tens nada... Uma cópia já foi feita...
Sua origem foi catalogada, sentenciada ao comum, inundada de outros sentidos.
Onde perdemos o começo? Onde perdemos aquele início gostoso, prazeroso como colo de mãe?
Buscas um sentido no mundo para o caminhar da vida?
Deverias buscar vida no sentido para onde o mundo caminha.
Não há possibilidade de barrar essa marcha.
Lançamo-nos ao abismo, carregando o estandarte da vergonha.
Estandarte que parece alvo como a neve a distância, porém se traduz em rubro, vermelho, ao ser apreciado ao toque das mãos. Apenas um pano velho que sangra...
O tempo apagará essas palavras, não se preocupe. Assim como apagará você, que lê nesse instante.
Compreenda a marcha... Não! Aceite essa marcha... Sofrer é apenas uma opção para quem tem coragem de abraçar sua própria covardia.