Eu sou
Eu so
Eu s
EU
Eu s
Eu se
Eu sei
Eu sei!
EU SEI!
Agressão gratuita, Rancor furtuito.
Quem paga o preço por sempre sabermos tudo sobre tudo?
Onde foi parar a insegurança, filha da dúvida e mãe da compreensão?
Sem aglomerações, temos agora todo o espaço que precisávamos para construir nosso castelo de areia.
E não há mais o perigo de alguém pisar nele ou mesmo uma onda mais forte derrubá-lo, pois...
Estamos sozinhos! Cercados de seres virtuais que não nos conhecem, nem nós os conhecemos.
Assim podemos aplicar toda nossa energia para enfeitar essa efemeridade que nos protege.
Quanto tempo poderemos evitar que destruam nossas certezas?
Ali está o nosso aconchegante intervalo de existência... Frágil e improvável como a própria vida.