quarta-feira, 27 de março de 2013

Um Sóbrio em um Mundo Ébrio?


E ele sentiu uma dor em sua mão...

Era Sangue! Deu meia volta, cambaleou para ambos os lados...

Enfim se sentou...

Gargalhou com toda a força de seus pulmões e caiu no sono...

Que noite! Que noite!

Na manhã seguinte tentou se lembrar do que havia acontecido.

Suas roupas maltrapilhas não demonstravam o menor indício do que poderia ter se passado.

Percebeu que seu cheiro não estava nem um pouco agradável...

Mas logo se lembrou de que nunca havia mesmo cheirado bem... então parou de se importar!

Hey! Isso era viver! Andar sujo, fazer o que quiser, sentir a vida voar!

Como um cachorro que insiste em colocar a cabeça para fora do carro!

Lembrou-se então dos voluptuosos deslizes de sua noite passada.

Após sua recorrente bebedeira havia trepado em um poste, quebrando o queixo de um guarda que tentou segurá-lo...

Declamou então para a multidão que se encontrava presa nas garras do cotidiano sua breve canção:

Vida! Vida! Vida!
É o que de mais precioso se tem! 
Mas depois do que aconteceu agora...
Vida minha não vale um vintém!

Desafiei os bravos, protegi os cativos, urrei aos brados, expondo os meus desatinos!

Nada há que substitua o amor! Nada tão nobre, nada tão belo!

O que? Que sentido você aqui procura?

Algo para se sentir melhor com o mundo?

Algo para ostentar como seu, enquanto nosso barco afunda?

Ouça aqui o que a sabedoria dos anos me deu:

Quer um sentido para tudo? Entre para o exército!
Quer saber a direção de sua vida? Compre uma bússola!
Quer saber de onde veio? Olhe para traz!
Quer viver ordeiramente? Não seja você mesmo jamais!

Ao descer do poste, cortou sua mão em um pedaço de vidro...
Que foi atirado ao chão por alguém que mudou o mundo...
Três dias após ter seu negro coração partido...

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