segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Nos caminhos de Otogse


Sabemos que todas as pessoas possuem boas e más qualidades.

Mas esse não era o caso de Otogse. Ele era mau.

Otogse era movido por um impulso de satisfação pessoal. E para esse fim, tudo valia a pena.

Desde criança gostava de judiar dos animais. Várias vezes atacou cães, gatos e pássaros, apenas para sentir que estava no controle, para se sentir superior.

Quando ficou mais velho passou a observar a sociedade. Buscava sempre obter prazeres a custa da dor e do sofrimento alheios.

Era invejoso e adorava mentir, enganar, ridicularizar, ofender e outras coisas que não merecem serem ouvidas por pessoas decentes.

Pessoas decentes? Pois é, justamente essas que quase deixaram de existir!

Vou lhes contar uma outra parte da história.

Por ser extremamente mau, ele conseguia ser equilibrado, frio e calculista. Fingia ser amável e assim conquistava o crédito das pessoas, apenas esperando o momento certo para golpeá-las de uma só vez.

Otogse ainda caluniava a vida de alguém secretamente e depois que todos estavam contra essa pessoa, ele mudava de lado, passando a defender a pessoa que antes atacara. Agindo assim, ele mesmo criava a oportunidade para parecer bom aos olhos de todos.

A ignorância fazia com que as pessoas fossem enganadas. O comodismo fazia com que não se arrependessem e a ganância fazia com que reproduzissem esse mau comportamento.

Seguindo essa inércia, muitos passaram a trilhar os caminhos de Otogse.

Mas algo certo no mundo é que tudo tem um limite, e que as coisas tendem a um equilíbrio natural.

Várias pessoas passaram então a negar as atitudes de Otogse e incitavam outras a abandoná-las, pregando ideais mais elevados.

Na sua engajada luta por suprimir as influências de Otogse, muitas dessas pessoas perceberam que é extremamente difícil tirar as outras da inércia.

Descobriram ainda que apenas conseguiam bons resultados usando alguns dos mesmos métodos empregados por Otogse. Isso criou uma tremenda confusão! Como atacar algo sem lutar contra ele? Sem odiar o que nos é oposto? Isso toda luta exige! Mas o ideal justifica os meios?

Os homens perceberam que deixar Otogse livre era extremamente danoso, porém ao mesmo tempo já não conseguiam persuadir ninguém sem utilizar os seus métodos.

Decidiram então aprisioná-lo sob os alicerces de nosso mundo. Ali ele estaria em seu lugar, sendo responsável por cada passo, porém estando oculto como objetivo final.

Quando passeamos por um lindo parque ou cidade moderna poderíamos imaginar que logo abaixo dela é Otogse que sustenta todo esse progresso?

Os homens preferem ocultar podridão e viver em um mundo aparentemente bonito.

É essa contradição que tem em mãos a bandeira do progresso.

Se tivermos olhos para ver, poderemos perceber que Otogse desafia constantemente sua prisão.

Uma tampa de bueiro vazando, outra explodindo, e locais emitindo mal cheiro...

Eis aí a prova de que Otogse continua seu caminho, mais ativo do que nunca...

Um comentário:

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